Quarenta e oito municípios do Rio Grande do Norte apresentam risco
muito alto de dengue. O dado consta no Mapa de Vulnerabilidade para a
identificação de áreas com maior risco para ocorrência da doença no estado
divulgado nesta sexta-feita (15) pela Secretaria de Saúde Pública do RN
(Sesap).
Os 48 munípios com alto risco de dengue são: Acari,
Assu, Bento Fernandes, Caiçara do Rio do Vento, Caicó, Carnaúba dos Dantas,
Ceará-Mirim, Florânia, Galinhos, Guamaré, Jandaíra, Jardim de Angicos, Jardim
do Seridó, João Câmara, José da Penha, Lajes, Lajes Pintadas, Macaíba, Macau,
Maxaranguape, Mossoró, Natal, Nova Cruz, Paraná, Parazinho, Parelhas,
Parnamirim, Pau dos Ferros, Pedro Avelino, Santa Cruz, Santa Maria, Santana do
Matos, Santana do Seridó, Santo Antônio, São Gonçalo do Amarante, São José de Mipibu,
São José do Campestre, São Miguel, São Miguel do Gostoso, São Paulo do Potengi,
São Tomé, Senador Georgino Avelino, Taipu, Tenente Laurentino Cruz, Tibau,
Tibau do Sul, Touros e Viçosa.
Segundo o Mapa, outros 40 municípios apresentam
risco alto de dengue e 37 estão com risco baixo para uma epidemia da doença. A
soma dos três índices indica que, atualmente, 74% dos 167 municípios do Rio
Grande do Norte convivem com a possibilidade de uma epidemia de dengue.
A finalidade do mapa é fornecer subsídios que
possam auxiliar na delimitação das áreas que necessitam de maior fortalecimento
das ações de combate ao vetor e organização dos serviços de saúde.
O mapa de vulnerabilidade é elaborado a partir de
uma matriz estatística, cuja classificação final de risco é um indicador
composto pelos seguintes parâmetros: Incidência de dengue nos últimos 10 anos
(número de casos suspeitos por cada 100.000 habitantes), Índice de Infestação
Predial de 2009 a 2011 (Porcentagem de imóveis que possuíam focos positivos de
dengue), Índice de Infestação Predial de 2012, Índice de Pendências de 2012
(Porcentagem de imóveis que não foi realizada a visita domiciliar do agente de
endemias) e Densidade Demográfica de 2012.
“Estamos programando um cronograma de visitas de
monitoramento nos municípios da Grande Natal, que são os que apresentam grande
densidade populacional e maior risco de chuva, por estarem na região litorânea.
Trabalhando com estes municípios o nosso objetivo é diminuir a sobrecarga na
assistência dos hospitais”, explicou Stella Leal, subcoordenadora de Vigilância
Epidemiológica da Sesap.
Para o restante dos municípios a Sesap irá
trabalhar junto com as Unidades Regionais de Saúde Pública (Ursaps) para que
façam um acompanhamento mais de perto com os municípios pertencentes à sua
região, dando continuidade às atividades rotineiras de combate a dengue.