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terça-feira, 19 de julho de 2011

Pesquisa identifica os hábitos alimentares do Aedes aegypti



Quais são os hábitos alimentares do mosquito Aedes aegypti? É esta pergunta que o professor Antônio Pancrácio de Souza, do Centro de Ciências Biológicas e da Saúde, da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), tenta responder em uma pesquisa que vem desenvolvendo com o financiamento da Fundação de Apoio ao Desenvolvimento do Ensino, Ciência e Tecnologia do Estado de Mato Grosso do Sul (Fundect). Em 12 meses de pesquisa e contando com a colaboração de dois alunos de Iniciação Científica, Antônio Pancrácio de Souza já realizou cerca de 70% do trabalho previsto no início do projeto. É sobre ele que Antônio fala nesta entrevista ao Rio Contra Dengue. Confira!

Fale um pouco sobre o estudo que está sendo realizado por você. Como e por que surgiu a ideia de pesquisar os hábitos alimentares do Aedes aegypti?

Antônio Pancrácio de Souza: O controle do mosquito da dengue tem se tornado um grande desafio para a nossa sociedade. Eu penso que deve haver lacunas do conhecimento sobre a biologia e a ecologia do inseto a serem preenchidas. A minha busca tem a motivação de preencher a lacuna com respeito a interação do inseto com as plantas que nos cercam, a fim de avaliar se existem plantas em nossos jardins que estão favorecendo a sobrevivência do inseto. Sabemos que as fêmeas sugam sangue para a maturação dos ovos. Ela pode se alimentar apenas de sangue, mas a presença da planta pode garantir uma fonte alimentar mais segura ao inseto.

Quais são os principais objetivos e itens do trabalho e como ele tem evoluído?

Antônio Pancrácio de Souza: Estamos investigando plantas de uso comum em nossos quintais e no momento temos detectado apenas a planta de nome Coroa de Cristo como positiva para a sobrevivência do inseto. Outras plantas estão sendo testadas.

O que, em sua opinião, a pesquisa tem de mais inovador?

Antônio Pancrácio de Souza: A inovação é abrir o leque de pesquisas para as plantas seja no sentido de descobrir outras plantas repelentes ao inseto. Em relação àquelas atraentes, se o inseto tem esta planta evidentemente ele vai buscar o sangue apenas para ovipositar. Isso pode ser vantajoso para as pessoas porque diminui o número de picadas, mas pode também ser vantajoso para o inseto porque se alimentar da planta representa menor risco de morrer, a menos que esta planta tenha predadores adaptados para atacar o inseto no ato da sua alimentação de néctar. Enfim, este trabalho abre um campo enorme de oportunidades de pesquisas.

Que aplicações práticas podem ser possíveis a partir do trabalho realizado? Ele pode mudar estratégias de combate e controle da doença? De que forma?

Antônio Pancrácio de Souza: Esta pesquisa é um ponto de partida para um enfoque sobre as plantas que estão ao nosso redor. O inseto vive intimamente com o ser humano e todos os nossos hábitos têm que ser pensados a fim de se descobrir quais deles têm favorecido a sobrevivência do mosquito da dengue. Muito já sabemos a respeito dos criadouros artificiais, que são maus hábitos nossos que contribuem para a permanência da população do mosquito em nosso meio. O conhecimento sobre a relação inseto-planta, no caso do mosquito da dengue, pode contribuir em muito para uma maior eficiência no seu controle. A ideia é descobrir pontos fracos do inseto no seu ambiente natural, não alterar esse ambiente com a eliminação de plantas, mas promover uma manipulação do habitat do mosquito de modo a afetar a sua sobrevivência.

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Aedes aegypti e pernilongo: conheça as diferenças entre os dois mosquitos mais urbanos do mundo



Um é muito ágil, se reproduz em água limpa, pica durante o dia e é responsável por transmitir a dengue no Brasil. O outro prefere a madrugada, coloca seus ovos em água suja e rica em matéria orgânica em decomposição e com seu zumbido perturba o sono durante a noite. Diferentes no comportamento, o Aedes aegypti e o Culex quinquefaciatus, o pernilongo doméstico, têm em comum o fato de serem os mosquitos mais urbanos do mundo.
Em entrevista à Agência Fiocruz de Notícias, o pesquisador José Bento Pereira Lima, do Laboratório de Fisiologia e Controle de Artrópodes Vetores do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), apresenta as diferenças entre as duas espécies e aponta as principais medidas para eliminar seus criadouros. Afinal, para combater a dengue é importante saber como é e como se comporta o seu transmissor.
Para começar do começo, os criadouros dos dois tipos de mosquito. Enquanto o Aedes aegypti deposita seus ovos preferencialmente em águas limpas – suas larvas não conseguem sobreviver em reservatórios poluídos, com dejetos e muita matéria orgânica – o Culex quinquefaciatus prefere colocar seus ovos em criadouros bastante poluídos, com muita matéria orgânica em decomposição.
“O Aedes aegypti coloca seus ovos em água limpa, não necessariamente potável, mas com pouco material em decomposição. Por isso, é importante reforçar que alguns cuidados básicos são fundamentais para o controle do vetor da dengue: tampar caixas e tonéis de água, desentupir ralos que possam acumular água, jogar fora pneus velhos, evitar deixar garrafas e recipientes que possam acumular água da chuva em área descoberta e virá-los de cabeça para baixo, eliminar pratinhos com água embaixo dos vasos de planta”, lembra José Bento.
Aedes aegypti coloca os ovos na parte úmida próxima à lâmina d’água e não diretamente na água, como faz o Culex quinquefaciatus. Os ovos do mosquito transmissor da dengue podem ficar até um ano no seco e ainda assim serem capazes de originar novos mosquitos e encontrarem condições propícias para eclodir. “Os ovos podem ser carregados para outras regiões pela ação humana e resistir até as chuvas do próximo verão, dificultando as ações de controle”, destaca o pesquisador.
Se o meio em que se reproduzem não é o mesmo, a proximidade com os domicílios sim. “Os dois possuem uma preferência por se alimentar de sangue humano e estão muito associados à presença do homem. No Brasil, quando nos afastamos de cidades e áreas urbanas, é difícil verificar a presença de qualquer um dos dois. Todo o seu ciclo de vida, o acasalamento e a postura dos ovos, se dá dentro ou próximo de domicílios”, explica o pesquisador.
Dentro das casas, é fácil diferenciá-los: quando adulto, o Culex tem uma coloração marrom e as pernas não possuem marcação clara, enquanto o Aedes aegypti é mais escuro e possui marcações brancas no corpo e nas pernas. Além disso, o Aedes aegypti costuma ser mais ativo durante o dia, em especial no início da manhã e no fim da tarde, alimentando-se de sangue, geralmente de partes baixas do corpo, como pés e canelas.
“É bom lembrar que isso não significa que ele não pique à noite. É um mosquito oportunista: se o morador deixar uma perna ou braço exposto próximo ao abrigo do Aedes aegypti, provavelmente será picado mesmo à noite. O Culex, por sua vez, é um mosquito estritamente noturno, que prefere se alimentar no horário em que as pessoas estão em repouso”, ressalta o pesquisador do IOC. Dentro de casa os dois convivem bem e costumam ser encontrados nos mesmos abrigos: debaixo de mesas, atrás de móveis e entre cortinas.

MITOS E VERDADES SOBRE A DENGUE

  A dengue não tem tratamento.

 

MITO


Apesar de não existir nenhum medicamento antiviral específico para combater vírus da dengue, a doença tem tratamento, sim. É fundamental a reposição de líquidos, repouso e cuidado médico.
Nenhum remédio à base de ácido acetilsalisílico pode ser tomado.

 

Para evitar a morte por dengue é preciso de medicina avançada.

 

MITO


Não há necessidade de internação na grande maioria dos casos de dengue clássica. Basta o acompanhamento ambulatorial adequado.

Comer alho e tomar complexo B ajuda a evitar a picada.

 

MITO

 

Essas substâncias fazem com que nosso suor fique com odor alterado, confundindo o mosquito. Mas isso não é suficiente para evitar uma picada.

Posso usar e abusar do repelente.

 

MITO


Você pode, sim, usar o repelente (desde que não seja alérgico) para diminuir o risco da picada, pois o repelente confunde a fêmea do mosquito, mas nunca achar que está 100% protegido.

Ligando o ar-condicionado, eu fico livre da dengue.

 

MITO

As temperaturas baixas inibem a atividade do mosquito, mas pode ter certeza que ele voltará assim que a temperatura subir novamente.

 

Misturar água sanitária na água elimina as larvas.

 

VERDADE


A água sanitária é capaz de inibir a evolução das larvas do mosquito da dengue. A dose recomendada é a de 1 copo americano de água sanitária para 1 balde de 20 litros de água. Mas atenção: isto não garante a eliminação de todas as larvas.

 

As picadas só acontecem nas pernas.

 

MITO

 

O mosquito prefere a região das pernas, mas se elas estiverem cobertas ele vai picar o braço ou qualquer outra área exposta do corpo.

Posso pegar dengue mais de uma vez.

 

VERDADE

 

Existem 4 sorotipos de vírus da dengue. Se uma mesma pessoa for picada por um mosquito que transmita o vírus de um tipo diferente do que ela já teve, ela poderá desenvolver a doença novamente, com risco até de uma forma mais grave.

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Sesap divulga novos números da dengue

A Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) divulgou, nesta sexta-feira (1º), o mais recente boletim da dengue, com dados coletados até o último dia 25 de junho. Em todo o Rio Grande do Norte foram notificados 15.722 casos da doença. Deste número, 5.656 foram confirmados.

Noventa e nove municípios do estado estão com incidência alta em dengue. A capital, Natal, continua apresentando os maiores índices da doença, com 4.638 casos notificados. Os outros municípios que apresentam altos números de notificações são: Mossoró (1.949), Parnamirim (1.237), Santa Cruz (623), João Câmara (575), São Gonçalo do Amarante (513), Macaíba (496), Nova Cruz (421), Pau dos Ferros (399) e São Paulo do Potengi (372).

Desde o início do ano até agora são 34 óbitos suspeitos causados pela dengue. Até o momento, 12 mortes foram confirmadas, 02 foram descartadas e 21 ainda estão sob investigação. 
Fonte: Sesap/RN

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