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sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Primavera: prevenção na estação das flores

Talvez você ainda não tenha percebido, mas os dias já começaram a ficar mais longos e a temperatura, gradativamente, está aumentando. São os sinais da primavera que começou na última sexta-feira, 23 de setembro. Conhecida como estação das flores, ela marca a transição do inverno para o verão e, por isso, mesmo, é momento de intensificar as medidas de prevenção e controle da dengue.
Prevenção, você sabe, combina com as quatro estações do ano, mas é na primavera que a atenção deve ser redobrada. Afinal, ela indica a aproximação do verão, que é quando os casos de dengue costumam aumentar. Como não adianta deixar para se prevenir somente quando o mês de dezembro chegar, este é o momento de agir, evitando a proliferação do mosquito transmissor da doença.
Para isso, é fundamental eliminar a água parada, que é o meio propício para a reprodução do Aedes aegypti. Mas, atenção, os ovos do mosquito podem sobreviver até um ano em ambiente seco! Se o recipiente em que os ovos tiverem sido depositados – uma garrafa, uma lata, um pneu ou uma calha, por exemplo – não forem bem lavados, o ovo ficará ali, esperando pela água para poder eclodir.
Portanto, limpe o que deve ser limpo, feche o que pode ser fechado, retire recipientes abertos de locais descobertos e verifique caixas d’água, cisternas e poços. São atitudes simples, mas fundamentais. Principalmente agora, na primavera. Afinal, a chegada do calor indica, também, a aproximação do período de chuvas. A partir de agora o perigo aumenta, portanto, o momento é de agir!
Para ajudar, a Coordenação de Endemias de Ielmo Marinho listou algumas dicas. Confira!
  • Coloque areia nos pratos de vasos de plantas.
  • Lave, com escova e sabão, tanques e utensílios utilizados para armazenar água.
  • Mantenha a caixa d'água fechada com uma tampa adequada.
  • Mantenha o saco de lixo bem fechado e fora do alcance de animais até o recolhimento pelo serviço de limpeza urbana. Não jogue o lixo em terrenos baldios.
  • Mantenha pneus velhos em local coberto, abrigados da chuva.
  • Não deixe a água da chuva acumulada sobre a laje e remova folhas, galhos e tudo que possa impedir a água de correr pelas calhas.
  • Verifique se há entupimento nos ralos e, se não for utilizá-los, mantenha-os vedados.
  • Coloque areia ou cimento em cacos de vidro no muro.

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Entenda como o vírus da dengue se comporta


Causada por vírus, a dengue é uma doença séria. Por isso, diante de sintomas como febre, dor de cabeça e dores no corpo, é preciso procurar logo um médico. Certamente você já ouviu isso, mas será que você sabe por que esta infecção viral pode se transformar em algo tão grave? Para responder a esta pergunta é preciso entender como o vírus age no organismo, como é transmitido e como se multiplica.
Classificado como um arbovírus – se transmite aos humanos através de insetos –, o vírus da dengue pertence à família Flaviviridae, a mesma do vírus da febre amarela. Ele se divide em quatro sorotipos: DENV-1, DENV-2, DENV-3 e DENV-4. Os quatro sorotipos causam os mesmos sintomas, podem provocar tanto a forma clássica da doença quanto formas mais graves e, portanto, devem ser tratados da mesma maneira.
Embora existam relatos da doença desde meados do século XIX e início do século XX no Brasil, a circulação dos vírus dengue só foi comprovada laboratorialmente em 1982, quando foram isolados os sorotipos DENV-1 e DENV-4, em Boa Vista. Após isso, o país ficou quatro anos sem notificações da doença, até que em 1986 o DENV-1 foi isolado no Estado do Rio de Janeiro, causando epidemia e dispersão para diversas regiões do Brasil.
Em seguida, com a introdução do DENV-2, também no Rio de Janeiro, apareceram os primeiros casos graves da doença. Em janeiro de 2001, foi isolado o DENV-3 no município de Nova Iguaçu, no Rio de Janeiro. Em 2010, o DENV-4 foi isolado a partir de casos detectados no estado de Roraima e no Amazonas e este ano foram confirmados casos de dengue causados pelo sorotipo 4 na cidade de Niterói, também no Rio de Janeiro.
Independentemente do sorotipo, o ciclo do vírus começa quando o mosquito Aedes aegypti, vetor da doença, pica uma pessoa infectada. No mosquito o vírus multiplica-se no intestino e passa para outros órgãos, como ovários, tecido nervoso e, finalmente, glândulas salivares. Quando isso ocorre, o mosquito passa a transmitir o vírus. Do momento em que pica o primeiro doente até tornar-se transmissor da doença, passam-se de oito a 12 dias e, uma vez infectado o mosquito é capaz de transmitir enquanto viver.
No ser humano, após a picada do mosquito, inicia-se o ciclo de replicação viral e a seguir ocorre a viremia, com a disseminação do vírus no organismo do doente. Os primeiros sintomas como febre, dor de cabeça e mal-estar surgem após um período de incubação que pode variar de dois a dez dias. Durante a multiplicação do vírus, formam-se substâncias que agridem as paredes dos vasos sanguíneos, originando perda de líquido (plasma). Além disso, há uma diminuição da circulação de plaquetas (plaquetopenia) e um aumento da concentração do sangue (hemoconcentração).
As duas alterações podem ser identificadas por meio de um exame de sangue, o hemograma. Mas é preciso ficar atento. Se a perda de líquido, por exemplo, acontecer muito rapidamente e estiver aliada à diminuição de plaquetas, podem originar-se sérios distúrbios no sistema circulatório como hemorragias e queda da pressão arterial (choque). Por isso, é preciso atenção mesmo que não haja alterações laboratoriais características de dengue grave.
Vômitos muito frequentes, dor abdominal importante, tonturas e hemorragias são sinais de alerta. Além, claro, do histórico de saúde do doente. Condições prévias como dengue anterior, hipertensão arterial, diabetes, asma brônquica e outras doenças respiratórias crônicas graves podem agravar a doença. A doença persiste entre oito e 15 dias, até que o sistema imunológico destrua o vírus. Uma vez infectada por um dos sorotipos do vírus, a pessoa adquire imunidade para aquele sorotipo especifico.
Como, até o momento, não há vacina contra o vírus, a melhor forma de se proteger é a prevenção. Ou seja, evitar que o Aedes aegypti se prolifere. Para impedir que o mosquito se desenvolva é preciso eliminar os seus criadouros, ou seja, as águas paradas. Não havendo água parada, as fêmeas não têm um lugar adequado para que seus ovos se desenvolvam e, desta forma, a população de mosquitos adultos vai sendo reduzida até não representar mais perigo.
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