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segunda-feira, 7 de maio de 2012

Dengue: o que você precisa saber


Descubra como tratar e evitar esta doença, que é comum no verão

A dengue é uma doença febril aguda causada por quatro subtipos virais: DEN1, DEN 2, DEN 3 e DEN 4. A sua transmissão está estritamente relacionada aos seguintes elementos: a fonte de vírus viável e a existência do vetor (mosquito Aedes aegypti).
A fonte de vírus viável inclui o indivíduo com dengue, pois a pessoa possui o vírus circulante na corrente sanguínea, durante a manifestação da doença. A presença do mosquito transmissor, em área próxima de doentes, constitui a combinação de fatores que mantém a disseminação da enfermidade pela população. Para cortarmos a cadeia de transmissão é necessária a eliminação de focos e criadouros do inseto e notificar aos órgãos responsáveis pela vigilância em saúde para atendimento de pacientes com diagnóstico de dengue. Os profissionais do serviço de controle de zoonoses buscam os focos de criadouros do mosquito, nas proximidades de onde mora o paciente, como medida de prevenção de controle da doença na população.
A dengue é uma doença de transmissão predominantemente urbana e apresenta maior incidência em épocas de clima quente e de maior umidade. Atualmente, casos da enfermidade são confirmados na cidade de São Paulo e nos diversos municípios do país. Os sintomas incluem necessariamente a febre, acompanhada de dores musculares e articulares, dor de cabeça, prostração e inapetência (falta de apetite). Na criança, eles podem vir acompanhados de náuseas e vômitos. Em geral, a febre e os sinais associados regridem em período não superior a uma semana (a presença de febre alta persistente por mais de uma semana é altamente sugestiva de um outro diagnóstico que não o da dengue).
Os sinais de alerta para a forma grave da doença incluem: manifestação hemorrágica espontânea (sangramento nasal e da gengiva, manchas hemorrágicas na pele), tontura acompanhada de desidratação. As manifestações da dengue são detectadas pelo exame clínico em consulta, acompanhado do hemograma (exame de sangue que permite avaliar sinais de hemoconcentração e diminuição da contagem de plaquetas). Todo o paciente com hipótese diagnóstica da doença deve ser avaliado e monitorado quanto aos sinais de gravidade clínica, sendo indicada a hospitalização em casos de dengue com comorbidades ou mesmo na forma grave da doença.
O tratamento de pacientes com dengue inclui a prevenção, controle de complicações hemorrágicas e a garantia de preservação dos sinais vitais, por meio de hidratação e alívio dos sintomas. Para confirmação diagnóstica da doença, é realizado exame sorológico que deve ser colhido a partir do 6º dia do início da febre. Quando ele é realizado antes desse período, é possível que o resultado gerado indique o “falso negativo”. A avaliação identifica anticorpos produzidos pelo organismo do paciente contra o vírus e quando feito em período inferior a 6 dias de febre, pode ser insuficiente para detecção dos anticorpos e produção deles pelo organismo.
Não há ainda vacina disponível para prevenção contra a dengue, sendo fundamental as boas práticas para evitá-la, reduzindo-se os criadouros do mosquito transmissor da doença. No entanto, quando um indivíduo adquire a doença causada por um subtipo viral específico (DEN 1, 2,3 ou 4), torna-se imune contra aquele específico e não desenvolve doença se for exposto novamente ao mesmo tipo de vírus. As formas graves da enfermidade estão associadas a novas infecções por subtipos de vírus diferentes daqueles que causaram a infecção passada.
Para o controle da dor e da febre não podemos utilizar medicamentos à base de salicilatos (por ex. aspirina), devido aos riscos de manifestações hemorrágicas, sendo indicado o uso de paracetamol.
Portanto, a presença de febre e prostração em crianças nesta época do ano (verão), exige maior cuidado. A consulta ao pediatra é parte da estratégia para o diagnóstico e tratamento precoces, reduzindo-se os riscos de complicações relacionadas à dengue em pediatria.
Por Prof. Dr. Milton S. Lapchik

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