Médico explica como identificar e tratar a dengue
Infectologista e consultor Caio Rosenthal trouxe informações sobre doença.
Criadouro é capaz de espalhar mosquitos por até 1 quilômetro de distância.
O infectologista Caio Rosenthal, do Hospital do Servidor Público Estadual e do Instituto de Infectologia Emílio Ribas, explicou os cuidados que a população deve ter com a dengue, no Bem Estar desta segunda-feira (28).
Um criadouro é capaz de espalhar mosquitos por até um quilômetro de distância, deixando várias ruas e casas em risco, segundo a Vigilância Sanitária. A fêmea doAedes aegypti chega a pôr 200 ovos por vez, todos muito pequenos e capazes de sobreviver até um ano em áreas secas à espera de água para eclodirem. Essa água pode ser suja ou limpa, até uma piscina com cloro – em quantidade insuficiente para impedir o desenvolvimento do inseto.
Nas ruas, as larvas estão onde menos se espera: em copos, garrafas e plásticos descartados incorretamente pelas pessoas. De cada 20 pessoas contaminadas pelo vírus da dengue, uma ou duas ficam realmente doentes. Os sintomas levam, em média, uma semana para desaparecer e incluem dor na região frontal da cabeça, atrás dos olhos, no corpo e febre alta. Podem ocorrer, ainda, lesões pelo corpo, em órgãos como intestino, fígado e rins.
A dengue hemorrágica é a mais forte e mais comum quando a pessoa contrai a doença pela segunda vez. Além dos sintomas clássicos, pode haver dor de estômago, boca seca, manchas pelo corpo, sangue nas mucosas, nos olhos, na urina ou nas fezes.
Para o combate, são indicados repelentes com os princípios ativos picaridina ou DET, com concentração acima de 20%. No caso de famílias com crianças abaixo de 2 anos, a concentração ideal é de 10%.
Dengue no Brasil
Em 2010, o país registrou 1 milhão de casos de dengue, 15,5 mil deles graves. Este ano, até o dia 28 de janeiro, a doença já soma 26 mil casos (101 graves) e 12 mortes. A doença se torna ainda mais preocupante no verão, quando há condições mais favoráveis para a reprodução do Aedes aegypti. Atualmente, 16 estados têm risco muito alto de epidemia, e a notificação de ocorrências graves e mortes é obrigatória em até 24 horas.
O ministério pretende fazer o monitoramento diário de óbitos e semanal de casos graves em 70 municípios considerados prioritários neste momento. Essas cidades foram definidas pelo Levantamento do Índice Rápido de Infestação pelo Aedes aegypti(LIRAa), divulgado em dezembro de 2010. O indicador avaliou 178 cidades com alto índice de infestação pelo mosquito transmissor.
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